Ninguém o ouvio.
Mas aconteceu um grito.
Agora a água corre.
O céu caiu,
aflito.
Sacudido pelo grito que não morre.
A terra calou-se,
possuída pelo mar.
Na história da minha vida arquivou-se,
mais um grito,
mais um desejo infinito,
da terra,
à outra terra se entregar.

poema de Fernando Alves em "A casa da infância"

8 comentários:
Lindo!
Não conhecia este livro do fernando Alves! vou procura-lo na livraria ;)
um beijo arquivado,
moon
o grito, solta o que há dentro de ti!
bom fim de semana!
As sugestões deste blogue são óptimas, tanto de música como de literatura.
Vou voltar e voltar.
Bom fim de semana.
Anad
há gritos silenciosos que custam a ser ouvidos pelos outros!!
Poderoso*
Precisa-se de o soltar e deixar renovado por outras letras que o completem...deixá-lo livre de si mesmo e esgotado cair na terra...
Não conhecia mas gostei bastante.
:))
P.S. deixei-te um desafio muiscal lá na Teia.
Filipe Oliveira venha conhecer a livraria virtual da lista Amantedasleituras. Talvez lhe interesse dado ter editado livros...http://amantedasleituras.no.sapo.pt/
quero apenas deixar uma palavra de agradecimento pelos bons momentos que passei neste blog. um beijo.
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